O melhor presente que ganhei aos 18 anos

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Faz alguns meses que fiz um desabafo aqui no blog sobre minha crise dos vinte e minhas expectativas para a vida pós 18 anos. O fato é que nem tudo são flores como a gente imagina que seria após a adolescência, tenho certeza que você achava que a sua vida seria uma completa liberdade onde você seria a estrela do próximo “Curtindo a vida adoidado” hahaha

Algo em especial mudou na minha vida depois que completei 18 anos e que se você me contasse isso antes, talvez eu duvidasse de você.

A minha vida inteira eu fui diferente e me sentia completamente diferente das outras meninas da escola. Para a minha tristeza essa diferença era tão nítida para os outros alunos que eu era excluída, motivo de piadas e perseguição.

Durante toda a minha vida eu achei que eu teria que mudar para me encaixar, ser aceita e dar um basta naquele sofrimento cotidiano. Ser diferente dói muito pois as pessoas que ainda não sabem lidar com as diferenças acham que elas estão certas e são o padrão a ser seguido e o diferente é que precisa mudar e se tornar “normal”.

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Após os meus 18 anos eu continuei sendo diferente mas algo realmente mudou dentro de mim: eu não me importava mais em ser diferente e toda a diferença que existe dentro de mim é aquilo que me torna uma pessoa única no mundo, então passei a me valorizar como pessoa e como mulher. Passei a enxergar as minhas qualidades bem mais nítidas do que qualquer “defeitinho” sequer.

A partir desse momento que troquei o “óculos” e me olhei como a Mariana da adolescência nunca tinha se visto antes: abriu-se um novo caminho na minha vida, completamente blindado a qualquer padrão que queira se impor.

Obrigada 18!

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Fotos: Milena Paulina | Olhar de Paulina

O problema não é meu corpo, o problema é a sua cabeça!

Demorei a vida inteira para aceitar o meu corpo. Perdi muito tempo da minha vida me
julgando e não fazendo as coisas por conta do meu peso, me importando com o que as pessoas estão pensando de mim. Ir à praia era algo incrível, mas ainda menina pude perceber muitos olhares de julgamento, não só comigo mas com todos em volta que estavam acima do peso. Ou seja, ir à praia já não era tão legal assim.
O problema não é o bullying que seus “amiguinhos” fazem você passar no colégio. O problema é que quando você cresce (e fica adulta) o bullying ainda existe. Não são crianças aqueles que te ofendem: são adultos, familiares, “amigos” e “colegas de trabalho/faculdade”.
O problema não é só ser chamado de gordo. O problema é achar NORMAL AS PESSOAS TE OFENDEREM PELA SUA CONDIÇÃO FÍSICA. A sua condição física virou xingamento e as pessoas quando vão te ofender (pelas costas, normalmente) vão usar “ah aquela gorda” e não “ah aquela chata, etc”.

Resumindo: O problema não é o meu corpo e sim a sua cabeça! Não aceitar as diferenças é o MAIOR PROBLEMA dessa sociedade. As pessoas que não aceitam as diferenças do outro se acham no direito de ofendê-lo. Respeite as diferenças de quem esta do seu lado. Seja feliz e pare de olhar para a vida alheia. OLHA PRA SUA VIDA. SE AME E DEIXE AS PESSOAS SE AMAREM TAMBÉM!

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A categoria “Look do Dia” é totalmente terapêutica: empoderar o que eu não enxerguei por anos e para que eu me ame acima de qualquer coisa que possam me falar